A pesquisa para avaliar a educação digital.
- Evandro Pestes Guerreiro
- Mar 25, 2021
- 2 min read
Updated: Mar 28, 2021
Criar mecanismos capazes de atender a necessidade de medir os resultados da aprendizagem, tanto na educação digital, como na presencial, é uma tarefa complexa que precisa incluir conteúdo autoexplicativo, que produza no educando o autodidatismo da pesquisa, mas também, que seja aumotivacional.

Na automotivação, a pessoa encontra motivos internos a sua história de vida, para buscar a realização de determinados objetivos necessários para si, levando a assumir o comportamento pragmático diante do contexto em se encontra, pautado no que deve ser feito para assegurar o alcance do objetivo. Partindo deste entendimento, os mecanismos aplicados na educação digital, precisam incluir na estratégia de captura do aprendizado do educando, não análises diretas do conteúdo aplicado, mas, meios que induzam à pesquisa na rede, focalizando o assunto que rege o problema estudado, sendo portando, uma resposta inédita, para uma questão geral, na qual a informação é filtrada até se produzir uma resposta específica. Cabe ao professor orientar a "trilha do conhecimento" que precisa ser avaliado, como objeto do conhecimento.
Na pesquisa, a complexidade do conteúdo ensinado é simplificada em sínteses de aprendizagem, convertidas em conhecimento refinado pelo foco do problema investigado.
Ensinar o educando como pesquisar a informação relacionada com o assunto estudado, exercendo o garimpo dos dados que mais traduzam a lógica do conteúdo, torna-se no contexto da educação digital, a chave da automotivação do educando, considerando que o conteúdo ministrado da disciplina é comunicado pelo professor, a partir dos indicadores de: priorização da aprendizagem, objeto do conhecimento, lógica cognitiva, inteligência emocional, interoperacionalidade temática, convergência de conteúdo e problematização.
A sociedade em rede tornou o que anteriormente parecia simples, em complexo problema que exige muitas variáveis capazes de sustentar a busca de solução para sistema híbridos e otimizados na sua estrutura, diria até que este pensamento tem origem na visão de sustentabilidade humanidade, não como ideologia, mas, como condição para continuidade da espécie. Na atualidade somos convocados para pensar como inteligência coletiva, como espécie animal civilizada e, sem nenhum tipo de opressão, problematizar temas tão ideologizados e carregados de julgamentos e culpas na história brasileira, debatendo de "cara limpa", sem pintas, máscaras defensivas ou medos, necessários muitas vezes, para preservar o anonimato das forças opressoras como foi a ditadura militar, mas também, de civismo, como os "caras pintadas", pré-impeachment de Collor de Melo. sobre racismo, quotas, violência contra a mulher, gêneros,
A pesquisa que problematiza.
A pesquisa possibilita a ressignificação pelo educando do conteúdo, pinçado pelo olhar crítico do professor, comunicando "uma" das vertentes da problematização do objeto do conhecimento e tema de aprendizagem. Cabe ao professor sim, organizar o conteúdo a ser direcionado para a aprendizagem, mas, sem perde de vista, que a direção do que deve ser ensinado é competência do Projeto Político Pedagógico de educação. Pensando dessa forma, o professor comunica o assunto, com o propósito de tornar o objeto do conhecimento, o disparador temático que ajuda o educando a tornar-se autodidata e produtor de seu próprio conhecimento.
A pesquisa problematiza a inteligência, orientando a produção do conhecimento, que compete ao educando enquanto artífice de sua história, algo que o educador Paulo Freire (1999), já ressaltava com veemência sobre o, "caráter político da atividade científica", e completava com uma pergunta direta para o professor, "A quem sirvo com minha ciência?".
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