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Publicações - revisão teórica

A pesquisa de revisão teórica adotou como base o estudo apresentado nos documentos que orientam os países membros da ONU, para a elaboração de políticas públicas eficazes, voltadas para a educação no Terceiro Milênio, tendo em vista o cumprimento dos ODS - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Na mesma coerência de raciocínio, o pesquisador responsável, integra suas reflexões feitas em outros estudos publicados, no campo educacional, sem perder de vista os clássicos da teoria social na análise de fundo da exclusão social presente no contexto da educação em países emergentes, como o caso brasileiro.

 

1) DELORS, Jacques [org]. Educação um tesouro a descobrir – Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. São Paulo: Cortez, 7ª ed., 2012.

2) ONU. Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Objetivos de aprendizagem. Educação 2030. NY: Setor de educação da UNESCO, 2017.

3) GUERREIRO, Evandro Prestes. Cidade Digital – Infoinclusão social e tecnologia em rede. São Paulo: Senac, 2006.

4) GUERREIRO, Evandro Prestes. A educação para o futuro. São Paulo: eSocialBrasil, 2014.

5) GUERREIRO, Evandro Prestes. A Questão social e a cidadania no neocapitalismo - competências profissionais no trabalho social. Curitiba: Brazil Publishing, 2020.

Educação um tesouro a descobrir como utopia necessária ou como solução para libertar mentes e corações?

Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI (1996-1998), como prefaciado por Jacques Dellors (presidente da comissão de estudos da ONU), "a educação ou a utopia necessária", coloca um dilema complexo para qualquer pesquisa: acredita na educação como libertadora das mentes e corações das gerações futuras, como a geração alpha (nascidos após 2010) ou entenda este princípio como uma utopia necessária, que orienta as políticas públicas e sociais, para serem capazes de criar soluções educacionais que instrumentalizem o aprendente, oportunizando o acesso aos recursos de empoderamento para construir a autonomia de vida e emancipação cidadã. 

Educação para os objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem para empoderar e capacitar o educando.

O impulso para a Educação voltada para o Desenvolvimento Sustentável é um propósito que a ONU encampou como missão em sua área voltada para promover o desenvolvimento de forma sustentável e em escala global, considerando a humanidade como espécie capaz de tornar-se sujeito e objeto de seu destino e, esta condição nunca foi tão fortemente necessária, para assegurar um futuro possível. "Questões globais – como a mudança climática – exigem uma mudança urgente no nosso estilo de vida e uma transformação do nosso modo de pensar e agir. Para alcançar essa mudança, precisamos de novas habilidades, valores e atitudes que levem a sociedades mais sustentáveis", algo que o documento argumenta cientifica e tecnicamente, como papel da educação, "definindo objetivos e conteúdos de aprendizagem relevantes, introduzindo pedagogias que empoderem os educandos, e instando suas instituições a incluir princípios de sustentabilidade em suas estruturas de gestão", assim como, estratégias de formação profissional que ensinem o educando a desenvolver competências que respondam com maior eficácia empreendedora, às demandas da modernidade.

Cidade Digital - Infoinclusão Social e tecnologia em rede, o futuro imparável da modernidade.

Os avanços tecnológicos potencializaram a qualidade de vida, o conforto das pessoas, a vitalidade, a interação homem-máquina, a internet das coisas, a preservação do ambiente, a robótica, inteligência artificial voltados para a valorização e a promoção do bem-estar humano. Bom, não é bem assim que a história aconteceu no nosso caso brasileiro, principalmente, se considerarmos que a política brasileira de inclusão digital que poderia tornar-se um modelo global de projeto, foi deixada de lado em meio a priorização de outras áreas, até complementares, como o caso da saúde e educação, entretanto, esqueceu-se que a vida humana urbana depende de infraestrutura concreta que possibilite a universalização e acesso aos recursos, algo que ficou evidente com a pandemia de convid19, como aponta a UNESCO, em 25 de março de 2020, mais de 1 bilhão e meio de estudantes nos cinco continentes, ficaram sem aulas presenciais, atingindo mais de 87% do total de alunos matriculados, em mais de 165 países. Quer dizer, na perspectiva das cidades inteligentes e no entendimento da característica da Sociedade 5.0, o problema se expressa no grupo familiar, no círculo de amizade, no interior da sala de aula, nas empresas, nas ruas e em qualquer lugar físico, conectado pelas novas tecnologias de informação e comunicações. O aluno possui acesso às informações pelos diversos recursos digitais e muitas vezes antes que o próprio professor, porém, precisa que a rede seja interoperacional e universalizada, como um espectro que envolve a cidade e o lugar aonde está o educando, caso contrário a exclusão digital, torna-se um impedidor para o acesso e à infoinclusão social.

A educação para o futuro é em rede, em tempo real, sistêmica, intercultural, transdisciplinar e problematizadora.

A sociedade complexa incorporou a mudança em grande proporção nos últimos 50 anos e a informação globalizada é cada vez mais integrada ao sistema de comunicação e telecomunicações. Esta característica está no grupo familiar, no círculo de amizade, no interior da sala de aula, nas empresas, nas ruas e em qualquer lugar físico, conectado pelas novas tecnologias de informação e comunicações. O aluno é cada vez mais autônomo na busca e acesso às informações por diversos recursos tecnológicos, abrindo possibilidades nunca antes disponíveis universalmente pela rede. Esta natureza e particularidade da era digital potencializa ao professor e educador, muito mais recursos didáticos para produzir e sistematizar o conhecimento.  O poder da informação centrado no professor dentro do modelo clássico de construção do conhecimento, na escola moderna assumiu a característica do conhecimento compartilhado e socialmente construído, exigindo novas metodologias de aprendizagem e didática de ensino. Neste contexto, a inteligência se desenvolve rapidamente em articulações cognitivas de alta complexidade no olhar do adulto, mas, lúdico e excitante no viver do adolescente. Os brinquedos e jogos eletrônicos estimulam mais rapidamente a mente da criança pertencente à geração Alpha, a partir de múltiplas funções associativas, combinando sons, imagens, cores, formato, dimensões, movimentos e características próprias das mídias e redes sociais. A educação do futuro é em rede, em tempo real, holográfica e híbrida, sistêmica, intercultural, transdisciplinar e problematizadora da diversidade.

A Questão social está visível nas ruas, seja pelas pessoas que ali vivem, seja pela exclusão imposta pelo neocapitalismo camuflado na cidadania.

O mais tangível da Questão social é o problema social, pois, basta caminhar pelas ruas da cidade para identificar sua materialidade e evidência concreta. Porém, esta concretude que expressa as dimensões da Questão social é complexa pela sua natureza e no olhar leigo pode ser resolvido pelo simples atendimento às necessidades do sujeito envolto no problema social. Por outro lado, ao abordar o tema, considerando o olhar técnico, qualifica o processo causal e procura identificar a raiz do problema em si, suas múltiplas tendências e cenários de análise, possibilitando a abordagem direta sobre o entendimento da Questão Social, o que fica próximo do olhar empírico e simples das ruas, sem perder a visão crítico-analítica, típica do profissional que garimpa na realidade do trabalho social, um filete de esperança no cidadão excluído de seus próprios sonhos. A pobreza é complexa como expressão das múltiplas dimensões da Questão social e, por mais que possamos vê-la no dia-a-dia de nossas vidas como se fosse algo natural, não se trata de ação meramente econômica de distribuição de renda e oportunidades, mas, um projeto de sociedade capaz de incluir a diversidade e a pluralidade não somente como direito, mas, como fundamento da coexistência e respeito como humanidade, o que não será possível no neocapitalismo.

A aprendizagem na Era da Informação possibilita o empoderamento pessoal, a autonomia no papel e a clareza na relação educador-educando, quando se trata da educação a distância.

O objetivo do estudo é identificar a eficácia da educação à distância e remota, quanto a conversão do conhecimento, avaliando a qualidade do processo pedagógico de conhecimento, aprendizagem, processo tecnológico e processo metodológico de ensino. A análise parte de documentos técnicos oficiais, livros e artigos científicos da área educacional, juntamente com a coleta de dados realizada por dois questionários: Questionário 1 - Mapeamento preliminar dos usuários da educação a distância - EAD e Ensino Remoto – ERE, foco de resultados deste artigo e, o Questionário 2 - Mapeamento dos princípios da aprendizagem na educação - EAD e Ensino Remoto – ERE, apresentado posteriormente em outro artigo. O problema levantado na pesquisa focalizou a questão: Como criar mecanismos ativos para avaliar o desenvolvimento e acompanhamento do processo de educação digital na Sociedade 5.0? Partindo do problema, chegou-se ao resultado do desenvolvimento da Plataforma de Avaliação Sistêmica da Senoide de Aprendizagem – PASSA, como sistema de indicadores, capaz de avaliar a eficácia do processo educacional digital, remoto e a distância.

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