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Educação não, aprendizagem sim.

  • Writer: esocialbrasil
    esocialbrasil
  • May 26, 2021
  • 2 min read


A crise sanitária que o mundo enfrenta na atualidade é mais do que a pandemia do novo corona vírus, a Covid-19, que escolhe infectar os organismos humanos mais fragilizados e vulneráveis, diferente do filme Guerra Mundial Z, romance do autor Max Brooks, sobre os efeitos de uma guerra apocalíptica, onde os vivos que escaparam da contaminação de um vírus letal que espalhada rapidamente, em menos de dez segundos, transformando os seres humanos, em zumbis. Um ex-agente da ONU-OMS, interpretado convincentemente pelo ator Brad Pitt, torna-se a única esperança da humanidade para investigar a epidemia, onde o agente patógeno selecionava como hospedeiro, somente os organismos saudáveis, passando invisíveis à contaminação, os organismos comprometidos em sua integridade.


Algo familiar? pois é, a realidade e ficção se confundem na Sociedade 5.0, formando uma espectroscopia com diferentes formas de radiações eletromagnéticas interagindo com átomos e moléculas, uma energia invisível aos olhos, mas, perceptivo por aparelhos de wifi, satélites, sensores. Preparar o cidadão para saber como se comportar e interagir socialmente na modernidade, tornou-se a tarefa da aprendizagem no neocapitalismo, sim, o domínio técnico-executivo que ocorre mediante processos formais dinâmicos, capazes de guiar o indivíduo para toda uma formação.

Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a coexistir na diversidade e aprender a ser.

Pilares da educação apresentados no relatório "Educação um tesouro a descobrir", para a UNESCO (1996), organizado por Jacques Delors [et al], quase uma metáfora deixada solta para ser descoberta pelas aguçadas percepções dos educadores críticos, com maior aderência ao que denomino de pedagogia da indignação, exatamente, indignado pela mentira, pela antiética social, pela falácia ideologicamente promovida pelo neoliberalismo nos últimos 300 anos de história e que consumimos como se fosse sempre assim, uma naturalização da estupidez e ignorância, a idiossincrasia do poder dominante. Educação, não, aprendizagem sim.


Aprender a desenvolver as potencialidades individuais e saber como aplicar as habilidades e competências, necessárias para incluir-se na nova divisão sociotécnica do trabalho, que transformou a força de trabalho assalariada, no empreendedor autônomo, o "freelancer S/A" do século XXI. Para o projeto neocapitalista a educação que interessa é a aprendizagem técnica e sociável, uma neoalienação contínua, gradual, persistente, ideológica, sofisticada, líquida, para qualificar Zygmunt Bauman (2000).


A educação é a refração entre a teoria social e o propósito da inteligência coletiva, inspirando e refinando cada vez mais o olhar humano genérico, a estratégia humano particular e a desenvoltura do humano singular. Este processo potencializa o empoderamento cidadão, delimita o livre arbítrio como orientação na diversidade, refina as escolhas e tomadas de decisões, não com a mente carregada de aprendizagem técnica, mas, o domínio mental enquanto controle socioemocional, algo que o neocapitalismo camufla como educação, não, em forma de aprendizagem, sim.

 
 
 

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